Recordações | Saudades de Uma Infância.

  Certamente na vida  todos nós já passamos por acontecimentos bons e ruins, fatos que nos marcaram bastante e são como capítulos da nossa história. Vez por outra eu me pego pensativo, recordando momentos assim, marcantes na minha vida. Estou absolutamente certo de que não haveria melhor ilustração que esta para simbolizar a minha infância do que esta imagem da estátua de um homem sentado á margem marítima, rodeado por uma paisagem maravilhosa enquanto pensa seus momentos. Era assim a minha infância em certas ocasiões. Aqui no Estado onde moro existe ou existia, não estou certo depois de tantas mudanças, uma paisagem semelhante que ficava situada á Rua da Frente, próximo á Ponte do Imperador. Esta rua é paralela ao Rio Sergipe que encontra-se com o Mar do Atlântico e que possui bem á frente, também no sentido paralelo, a Ilha de Santa Luzia ou Barra dos Coqueiros, como é conhecida aqui. 
  O local funcionava na época como área de lazer das famílias e era possível ver ao longo da avenida pavimentada em paralelepípedos, os casarões da época colonial. Toda sua extensão possui uma mureta e em certo ponto foi construído um pequeno atracadouro que serviu para a ancoragem da embarcação que trouxera o Imperador ao município de Aracaju. Um local muito aprazível e convidativo que reunia pessoas ali para conversarem e passearem. Para aqueles que gostavam de visitar a Ilha de Santa Luzia, o transporte era feito pelas pequenas embarcações chamadas Tó tó tó, nome dado por conta do barulho emitido pelo motor destas embarcações. Navios maiores eram vistos quando algum rebocador petroleiro seguia para reparo ou quando a Capitânia dos Portos de Sergipe atracava seus navios de patrulha da costa.
  Como não havia a quantidade de veículos que temos hoje, o barulho era menor e a tranquilidade propícia para aqueles que ficavam ali pensando, iguais a mim e olhem que não eram poucas pessoas. Em uma época em que todos se cumprimentavam alegremente, era possível encontrar ali a nata social sergipana dividindo longos e animados bate-papos. Havia uma mistura magnífica de pobres e ricos, negros e brancos, enfim uma época de plena liberdade em uma capital que mais parecia um interior, mas cujo povo possuía um calor humano incrível. Não havia muito luxo, mas no rústico sergipano, Aracaju oferecia um certo requinte nos seus casarões coloniais e seu mar ostentando beleza a quem visitasse a pequena menina nordestina.
  Naquele tempo poucas eram as ruas com pavimentação asfáltica, luxo só encontrado em capitais maiores, mas aqui já tínhamos nossos paralelepípedos suntuosos nos dando ar de grande cidade. A diversão ficava por conta dos cinemas e das sorveterias, mas o ponto máximo dos finais de semana eram as matinês dançantes e as idas á praia de Atalaia, esta que tem uma história á parte na pequena Aracaju. Nossos hotéis eram o extinto Hotel Palace, famoso 4 estrelas que hospedava grandes artistas nacionais e o Beira Mar, situado na chagada da Orla. O famoso bar e restaurante O Tropeiro também fez sua história, mas a massa da população adorava os quiosques que ficavam na areia com seus garçons e garçonetes correndo pra lá e pra cá em movimento constante nas areias quentes da Praia de Atalaia.  
  Quem viu a cidade crescer como eu, não a reconhece mais. Ela semelhante a um filho, mudou, está bonita e cheia de vida própria, em nada lembrando aquela criança linda que vimos no passado. Alguns dos seus principais pontos ainda existem, mas quem se importa com eles senão os saudosistas? Hoje é possível ver, com lágrimas nos olhos, imagens da menina linda que era Aracaju e entre uma lágrima e outra mista de tristeza e alegria, dizer com saudades: - Nossa, como minha menina cresceu!   

Texto do Escritor e Autor Tony Casanova. Todos os Direitos Reservados e garantidos pelas Leis Nacionais e Internacionais de Proteção aos Direitos de Propriedade Intelectual. Proibida a cópia, colagem, reprodução ou divulgação de qualquer natureza, do todo ou parte dele, independente dos meios ou fins. A violação destes Direitos constitui-se crime e está passiva das punições legais cabíveis. 


Saiba mais do autor NESTE LINK
.........................................................................................................................................................

 
Remembrance 
| I miss a childhood.

 Certainly in life we ​​have all gone through good and bad events, facts that have marked us and are like chapters of our history. Every now and then I find myself thinking, remembering moments like this, striking in my life. I am absolutely certain that there would be no better illustration than this to symbolize my childhood than this image of the statue of a man seated on the seafront, surrounded by a wonderful landscape while thinking his moments. This was my childhood on certain occasions. Here in the state where I live there or existed, I am not sure after so many changes, a similar landscape that was situated on Rua da Frente, near the Emperor's Bridge. This street runs parallel to the Sergipe River, which runs parallel to the Atlantic Ocean, and is also known as Santa Luzia Island or Barra dos Coqueiros, as it is known here.
  The place was then used as a leisure area for families and it was possible to see along the cobbled paved avenue, the colonial mansions. Its entire extension has a wall and at one point a small berth was built that served to anchor the vessel that had brought the Emperor to the municipality of Aracaju. A very pleasant and inviting place that gathered people there to talk and walk. For those who liked to visit Santa Luzia Island, the transport was made by small boats called Tó tó tó, name given the noise emitted by the engine of these boats. Larger ships were seen when an oil tanker was still under repair, or when the Sergipe Harbor Captain's docked their coast patrol vessels.
  As there were not as many vehicles as we have today, the noise was less and the tranquility propitious for those who were there thinking, just like me and that there were not few people. At a time when everyone greeted each other happily, it was possible to find Sergipan social cream there, sharing long, lively chats. There was a magnificent mixture of poor and rich, black and white, at last a time of complete freedom in a capital that looked more like an interior but whose people possessed incredible human warmth. There was not much luxury, but in the rustic Sergipe, Aracaju offered a certain refinement in its colonial mansions and its sea beautifying beauty to those who visited the little northeastern girl.
  At that time few streets were paved with asphalt, luxury only found in larger capitals, but here we had our sumptuous cobblestones giving us air of great city. The entertainment was on account of the cinemas and the ice cream shops, but the maximum point of the weekends were the matinees dancing and the trips to the beach of Atalaia, this one that has a history to the part in the small Aracaju. Our hotels were the extinct Hotel Palace, famous 4 stars that hosted great national artists and the Beira Mar, located in the chagada of the Orla. The famous bar and restaurant O Tropeiro also made its history, but the mass of the population loved the kiosks that were in the sand with their waiters and waitresses running to and fro in constant movement on the warm sands of Atalaia Beach.
  Whoever saw the city grow as I do, does not recognize it anymore. She is like a son, she has changed, she is beautiful and full of life itself, not remembering that beautiful child we have seen in the past. Some of their main points still exist, but who cares about them but the nostalgists? Today it is possible to see, with tears in her eyes, images of the beautiful girl that was Aracaju and between a tear and a mixed one of sadness and joy, saying with longing: - Wow, how my girl grew!

Writer Text and Author Tony Casanova. All Rights Reserved and guaranteed by the National and International Laws for the Protection of Intellectual Property Rights. No part of it may be copied, collated, reproduced or disseminated, regardless of its means or purpose. The violation of these Rights constitutes a crime and is passive of the applicable legal punishments.


Learn more about the author IN THIS LINK
.................................................. .................................................. .................................................. ...

 Recuerdos | Saludos de una infancia.

 Ciertamente en la vida todos hemos pasado por acontecimientos buenos y malos, hechos que nos marcaron bastante y son como capítulos de nuestra historia. Por otra, me siento pensativo, recordando momentos así, marcados en mi vida. Estoy absolutamente seguro de que no habría mejor ilustración que esta para simbolizar mi infancia que esta imagen de la estatua de un hombre sentado a la orilla del mar, rodeado de un paisaje maravilloso mientras piensa sus momentos. Así era mi infancia en algunas ocasiones. Aquí en el Estado donde vivo existe o existía, no estoy seguro después de tantos cambios, un paisaje semejante que quedaba situado a la Rua da Frente, cerca del Puente del Emperador. Esta calle es paralela al río Sergipe que se encuentra con el Mar del Atlántico y que posee bien delante, también en el sentido paralelo, la Isla de Santa Luzia o Barra dos Coqueiros, como es conocida aquí.
  El lugar funcionaba en la época como área de ocio de las familias y era posible ver a lo largo de la avenida pavimentada en adoquines, los caserones de la época colonial. Toda su extensión posee una mureta y en cierto punto se construyó un pequeño atracadero que sirvió para el anclaje de la embarcación que había traído al Emperador al municipio de Aracaju. Un lugar muy apacible y acogedor que reunía a personas allí para conversar y pasear. Para aquellos que les gustaba visitar la Isla de Santa Luzia, el transporte era hecho por las pequeñas embarcaciones llamadas Tó tó tó, nombre dado por el ruido emitido por el motor de estas embarcaciones. Los barcos más grandes eran vistos cuando algún remolcador petrolero seguía para la reparación o cuando la Capitanía de los Puertos de Sergipe atravesaba sus barcos de patrulla de la costa.
  Como no había la cantidad de vehículos que tenemos hoy, el ruido era menor y la tranquilidad propicia para aquellos que se quedaban allí pensando, iguales a mí y miran que no eran pocas personas. En una época en que todos se saludaban alegremente, era posible encontrar allí la nata social sergipana dividiendo largos y animados charlas. Había una mezcla magnífica de pobres y ricos, negros y blancos, en fin una época de plena libertad en una capital que más parecía un interior, pero cuyo pueblo poseía un calor humano increíble. No había mucho lujo, pero en el rústico sergipano, Aracaju ofrecía un cierto refinamiento en sus caserones coloniales y su mar ostentando belleza a quien visitar a la pequeña niña nordestina.
  En aquel tiempo pocas eran las calles con pavimentación asfáltica, lujo sólo encontrado en capitales más grandes, pero aquí ya teníamos nuestros paralelepípedos suntuosos dándonos aire de gran ciudad. La diversión se quedaba por cuenta de los cines y de las heladerías, pero el punto máximo de los fines de semana eran los matinés bailables y los idas a la playa de Atalaia, esta que tiene una historia aparte en la pequeña Aracaju. Nuestros hoteles eran el extinto Hotel Palace, famoso 4 estrellas que hospedaba grandes artistas nacionales y el Beira Mar, situado en la plagada de la Orla. El famoso bar y restaurante El Tropero también hizo su historia, pero la masa de la población adoraba los quioscos que quedaban en la arena con sus camareros y camareras corriendo hacia allá y hacia aquí en movimiento constante en las arenas calientes de la Playa de Atalaia.
  Quien vio la ciudad crecer como yo, no la reconoce más. Ella semejante a un hijo, cambió, está bonita y llena de vida propia, en nada recordando a aquel niño hermoso que vimos en el pasado. Algunos de sus principales puntos todavía existen, pero ¿a quién les importa más que los saudos? Hoy es posible ver, con lágrimas en los ojos, imágenes de la niña linda que era Aracaju y entre una lágrima y otra mixta de tristeza y alegría, decir con nostalgia: - ¡Nuestra, como mi niña creció!

Texto del Escritor y Autor Tony Casanova. Todos los Derechos Reservados y garantizados por las Leyes Nacionales e Internacionales de Protección a los Derechos de Propiedad Intelectual. Prohibida la copia, collage, reproducción o divulgación de cualquier naturaleza, del todo o parte de él, independientemente de los medios o fines. La violación de estos derechos se constituye en delito y está pasiva de las sanciones legales apropiadas.


Más información del autor EN ESTE LINK

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixou um comentário? Amei! Vou verificar e liberar já para você. Obrigado. Abração.